terça-feira, 28 de junho de 2011

Puro amor

Lá estava, não com muita qualidade, a melhor foto que já vi dele. Naquela página na internet que mudou a minha vida. Simples e apaixonante. Um lugar um tanto quanto vazio; uma parede salmão remendada. Havia somente ele, no canto direito, com apenas a parte do tórax para cima aparecendo. Nem sequer olhava para a câmera, mas estava com um sorriso singelo que não mostrava os dentes e o cabelo um pouco bagunçado, mas charmoso. Naquele momento uma paz me invadiu de um modo inexplicável. Meu coração inflou até o limite e veio até a garganta. Tive que respirar fundo, voltar a mim. Fiquei tonta de amor. Mas o que mais me chamou a atenção foi o olhar, que mesmo vago, me transmitiu inúmeras sensações. Olhos um pouco cerrados, mas tão pouco que não franziu a testa. Foi aquele olhar que despertou um sentimento que só cresce, inabalável. É para aquela foto que olho e vejo companheirismo, confiança, amor. É por culpa dela que fico inquieta. É a foto, na qual penso quando a saudade aperta, quando quero sorrir ou chorar, ou simplesmente me apaixonar, de novo. É por ela que choro, é ela que amo.
         Ou melhor, ele.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Nosso momento

Havia Sol, um Sol meio frio. Calma manhã barulhenta. Casaco, calça, escova, água, sorriso para o espelho. A porta chiou, e depois de meses, não liguei. Saí com vontade de não voltar. Maldita ansiedade que inchava minhas veias. “Dama-da-noite”, pensei. Cheiro inconfundível que me fez perceber que já estava na calçada. Incrível como o ambiente passa rápido, tão rápido que até parece correr. Ainda mais com aquele céu limpo com pontos pretos espalhados. Lindas aves que se revelaram coloridas ao se aproximarem. Olhei para frente. Estava perto. Contei dez árvores do lado direito até a praia. Vi a 11ª perto do barranco. Um coqueiro fino como um palito de dente. Vento brusco o balançava. Consegui imaginar estalos a cada balanço. Alguns calafrios percorreram minha nuca. Estremeci ao ver que estava 15 minutos atrasada, e mais ainda quando vi que ele não estava lá. Três minutos para me surpreender, me assustar. O ouvi dizer que estava me observando, e que conseguia até lembrar o cheiro de meu perfume. “Você está linda”. Agradeci com um sorriso envergonhado. Ao olhar para baixo, vi sua mão encostar em minha cintura. Não senti, apenas vi. O olhei rapidamente e ele estava sorrindo. Inconsciente, o copiei. Éramos finalmente eu e ele. Apenas eu e ele. Nós. Embaixo do mesmo coqueiro que nos conhecemos. Inesquecível.

sábado, 23 de abril de 2011

Palavras soltas, apenas

Eu já não suporto esse peso em minhas costas. Mas tenho que aguentá-lo. O escolhi. Já faz parte de mim, há algum tempo. Tantas coisas mudaram, pensamentos e ações são exemplos. Ah, como dizer? "Eu amo você demais" já não é o suficiente, e "você é minha vida" é clichê e exagerado demais. Posso dizer que é como se te visse em cada esquina, como se eu tivesse você ao meu lado todas as noites, me abraçando. É como se eu acordasse todos os dias com a mesma esperança idiota e sem sentido de sempre: "Será que falarei com ele hoje? O que será que ele me dirá?". Ilusões à flor da pele, talvez. Cadê você para me dizer o que é certo e errado, o que é ilusão e o que é não? Cadê você para me fazer sentir bem com apenas um riso resultante de uma piada sem graça que você fez com uma situação embaraçosa minha? Cadê você para dizer o quanto me ama e o quanto precisa de mim? Não é tão difícil notar a falta que me faz. Fato. Fatos... Tantos irreais agora. E confusões tão claras que não entendo. Contradições afirmam cada vez mais o que será de mim sem você, se é que consegue entender uma coisa que nem eu mesma entendo. Mas sinceramente, espero que me entenda. Pelo menos você entenderia essa loucura que estou virando, e não precisaria mais de nada. Só você. "É você, ninguém mais. Nem de perto." Não quero ninguém mais. Não penso em ninguém além. Não preciso de ninguém a não ser você. Você. Eu. Nós. Saudade de ambos.


sexta-feira, 11 de março de 2011

Aquilo que cai e...

Enquanto a chuva pingava em meus pés e o vento levantava meus cabelos, eu analisava à minha volta. Analisava cada carro, cada criança e seus respectivos pais que saiam deles, cada movimento que faziam. Analisava cada passo cauteloso das pessoas que resolviam enfrentar a chuva. E sempre pensava na conseqüência de todos os atos que observava. Cheguei a tentar descobrir o que uma garotinha estava sentindo e pensando; aquela mais simples, sabe? Aquela que chegou em um fusca enferrujado que “morreu” entre uma Montana e Zafaria 2011. E analisei os dois lados. Tristeza e indiferença. Não me satisfiz com nenhum. Mudei. Analisei os alunos mais velhos que estavam ali a conversar, que deveriam ser os exemplos. Me decepcionei e mudei novamente. Passei, então, a observar a chuva. Cada gota que caía nas poças e espirrava um pouco mais de água naquelas que foram enfrentá-la. Cada gota que batia nas folhas da árvore da casa à frente e que depois escorria em uma linha, apenas, tornava-se gota e pingava no chão espirrando mais água naquelas que dela fugiam. Cada gota que em mim caía, e percorria pelo meu corpo, até o chão. Ah, cada gota que em mim caía... Não voltava a ser gota para espirrar naquelas que à ela temiam, depois de bater em uma poça. Ah... Cada gota! Eu me concentrava nelas para deixar desfocado o mundo que me entristece, me enlouquece, me decepciona. E esse mundo...

... me persegue.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Wishes

Gostaria de te ter aqui. Nada de impossível. Eu só quero você me abraçando, me tocando, me fazendo rir e sussurrando o quanto me ama. Não é muita coisa querer seus beijos e suas carícias pessoalmente, e até mesmo poder te tocar vendo sua boca se mexer enquanto me fala qualquer baboseira que me faça rir, mesmo que seja durante aquele filme que eu estava louca para ver. Isso não me irritaria. Seria aconchegante. Assim como seria seu ombro e seu peito no meio do filme, onde costumo sentir sono. Nesse momento você poderia beijar minha cabeça, e depois nos ajeitar um pouco, para que fique confortável para você recostar sua bochecha no mesmo lugar do beijo. Acredito que logo adormeceríamos... E logo que acordássemos você diria que fico linda de cara amassada e com o cabelo um pouco bagunçado. Gostaria de poder me espreguiçar ao seu lado, e depois de alguns minutos de moleza levantar para tomarmos uma xícara de cappuccino, enquanto conversaríamos sobre qualquer assunto. Logo me recomporia para ir embora com a certeza de te ver no dia seguinte. Seria incrível!


“Sabe, se a gente morasse na mesma cidade, eu seria de longe o cara mais feliz do mundo[...]”

“How I wish you were here”.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Culpa

Não consigo mais finalizar textos, nem começá-los quando na escola. Não consigo me concentrar e nem organizar meus pensamentos. Não consigo dormir rápido, nem sem chorar ao lembrar de nós. Não consigo mais escutar música, nem não pensar em frases inspiradas em você. Não consigo mais comer e nem ver tanta beleza nos detalhes. Não vejo mais sentido nas coisas.* É como se tudo tivesse virado um vazio, um buraco negro que suga a minha razão. As cores perderam o brilho e a simplicidade já não satisfaz. E eu não sei mais como, nem se vou aguentar isso. Eu não consigo mais te deixar. Não consigo mais ser feliz sem você ao me lado, mesmo nunca tendo sua presença em minha frente. Não sei o que fazer... Será difícil sem você aqui.


* And that's your fault.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A little self-knowledge.

Enough. I'm bothering myself with this fuck history about nothing. Ok, that's not "nothing". That used to be love, but isn't anymore. That are just words. Just fuck words about a bullshit, about something that's just important to me. And it brings me down. I'm down. I am so down. I don't have strenght to move on. All my pieces are with you. I am you. But you're no longer I. But it's ok. You're fine. I'll be fine. I don't see anymore reasons to continue... I give up.

In fact, I gave up since I fell for you. I gave you my whole heart, so...