terça-feira, 28 de junho de 2011

Puro amor

Lá estava, não com muita qualidade, a melhor foto que já vi dele. Naquela página na internet que mudou a minha vida. Simples e apaixonante. Um lugar um tanto quanto vazio; uma parede salmão remendada. Havia somente ele, no canto direito, com apenas a parte do tórax para cima aparecendo. Nem sequer olhava para a câmera, mas estava com um sorriso singelo que não mostrava os dentes e o cabelo um pouco bagunçado, mas charmoso. Naquele momento uma paz me invadiu de um modo inexplicável. Meu coração inflou até o limite e veio até a garganta. Tive que respirar fundo, voltar a mim. Fiquei tonta de amor. Mas o que mais me chamou a atenção foi o olhar, que mesmo vago, me transmitiu inúmeras sensações. Olhos um pouco cerrados, mas tão pouco que não franziu a testa. Foi aquele olhar que despertou um sentimento que só cresce, inabalável. É para aquela foto que olho e vejo companheirismo, confiança, amor. É por culpa dela que fico inquieta. É a foto, na qual penso quando a saudade aperta, quando quero sorrir ou chorar, ou simplesmente me apaixonar, de novo. É por ela que choro, é ela que amo.
         Ou melhor, ele.