quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Tipo Sheng e Ichigo

Eu queria um amor igual ao da Thaís e do Victor. Verdadeiro. E que realmente quebrasse barreiras. Um amor pelo qual ambos nos moveríamos quilômetros para nos encontrar. Conheceríamos a família um do outro e seríamos felizes, independente da distância. Gostaria de encontrar alguém que sentisse por mim o amor que o Victor sente pela Thaís. Um amor que faz com que ele vá passar as férias com ela e com a família dela para matar saudade. Um amor dos antigos. Daqueles bem caretas, sabe? Daqueles que não precisa de muita coisa, só de sinceridade. Queria sentir o amor que a Thaís sente pelo Victor. Um amor que saiu do virtual, que não se importou com a distância que havia entre os monitores. Um amor que os fizeram esperar pelo momento que daria para eles se verem, não importando se pareceria desespero se ela fosse atrás, ou burro se fosse ele que fizesse. Um amor que inspirasse qualquer um a amar. Um amor que continuaria sendo sentido por ambas as partes mesmo depois de um beijo de “até quando der”. Um amor que, por ter tanta vontade de existir, anulasse toda a incerteza de quando se veriam, de novo, e faria com que isso não atrapalhasse a relação nem por um segundo. Eu queria um amor tipo Sheng e Ichigo: Único e verdadeiro.

Texto inspirado em um amor iniciado em profiles fakes no Orkut.

sábado, 27 de novembro de 2010

Minhas noites sem você

Chorei de soluçar, destemidamente, por você. Voltei a dormir com o abajur aceso, já que não agüento a solidão que o escuro me traz, mesmo com o feixe de luz que pela janela entra. De um modo patético, gostaria que ele fosse você. Ele está todas as noites comigo. É patético, também, o modo que sinto meu coração quando, supostamente, você não esta nele, nem com ele. Cada música que me lembra você faz com que o resto dele se despedace e faz com que minha pouca força, se enfraqueça; faz com que minha vontade de estar com você aumente descontroladamente. E eu já não agüento mais. Não agüento ficar sem você, ficar longe de você. Não agüento chorar por tudo o que acontece conosco. Já não tenho lágrimas. Nem vontade. Nada me satisfaz completamente. Nem os doces que viravam seus abraços. Me satisfaço momentaneamente ao relembrar conversas. Mas só isso. E tantas vezes já quis dizer que não faz falta... Nem se quer posso dizer, pois me engano por dentro. Quantas vezes, será, que já demorei horas para dormir, deitada no sofá, olhando pela janela do meu quarto, escutando somente as músicas que me lembram você? Já virou rotina. E é isso que tenho vontade de fazer. Só isso. Até transformaria os dias em noites para ficar olhando a lua sem limite de tempo. Afinal, ela trás você para mim.

E você?

Olá, tudo bem? Antes de tudo, quero deixar claro que eu não quero mudar nada por enquanto. Só quero saber se você tá bem... Como você está? O que anda fazendo? O que faz nas horas que costumávamos conversar? E os amigos? Como estão as noites de poker? E as saídas? Muitas, legais, ficando muito bêbado? Está bem sem mim? Qual a sua vontade de fazer algo? Espero que esteja bem, e que sinceramente nem se lembre de mim. Pois eu não estou e não paro de pensar em você; sei o quanto é ruim. Eu só espero que esteja bem. Só gostaria de saber como está...

Texto direto

Espero que, pelo menos, isso não seja um erro. Outro erro. Já te perdi uma vez. Não quero te perder uma terceira, ou não chegar a existir uma terceira. Porque quando se trata de você, tudo muda em relação a mim. Eu vou contra meus costumes, faço coisas contraditórias aos meus pensamentos, admito sentir o que, sinceramente, não admitiria. Sinto-me até boba a amar alguém como eu amo você. Mas como isso não costuma acontecer, sou contra esconder. E para quê esconder algo que está tão “na cara”? Para quê esconder algo que você já tinha percebido que existia antes mesmo de mim? De algum modo não complexo, só desconhecido, isso é bom para nós dois. Esse amor compartilhado nos faz bem até quando não o partilhamos. Vai ser assim até ele não existir. E digo que não sei quando ele acabará. Talvez não acabe e seja substituído. Talvez, quando voltarmos, se voltarmos, um dia, tudo se normalize, tudo seja como está agora. E o agora pode estar todo revirado, mas nada importa se você estiver ao meu lado. E será assim, até juntos decidirmos não mais nos amar.

O ser ou não ser da política

Política é um assunto sério. O modo de protestar também tem de ser. Essa idéia ordinária de protestar com humor é um grande absurdo. Isso de colocar animais ou palhaços para se candidatarem só reflete, negativamente, em nós. E, ainda, faz parecer que tratamos a política como mais um assunto banal, que poderíamos discutir tomando um café com os colegas de trabalho ao fim do expediente. Isso tá errado. Achar que protesto humorístico vai resultar em algo satisfatório, nada mais é do que uma ilusão. Humor e política não andam juntos. A política já é hilária sem ajuda. Quando recebe, se torna irreversível. Antigamente usavam-se cédulas, então escreviam o que queriam (como, por exemplo, o Macaco Tião, que era um chimpanzé, ou o rinoceronte Cacareco). Agora, com as urnas, você só pode votar nos candidatos. Ao invés de melhorar a situação, os partidos colocam palhaços. Sem contar que, com eles, sobem os ladrões – mas isso não vem ao caso. Quando um palhaço é eleito, o que ele faz? O que ele sabe? O que vai propor? Exatamente nada. Só vai aprender a roubar e vai atrasar o pouco que anda. Mais incrível que isso, só o fato de isso realmente acontecer e nada proibir. O absurdo maior é ter a cara-de-pau de falar que pior que está não fica e ter imbecis que acreditam. Ou o fato da mídia ajudar. Concluindo, política é um assunto sério e os protestos têm que ser tão sérios quanto, para realmente fazer pensar, mostrar que se importa e que acredita no que fala.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Entre linhas

Reparei em meus pensamentos. Todos confusos sobre tudo. Deparei-me com tal situação que me deixou atordoada. Não sabia o que pensar, muito menos se eu pensaria sobre. O atordoamento foi tanto que não conseguia nem saber se eu realmente estava pensando. Até agora não descobri se eu re-lembrei todo aquele sentimento que fora perdido. Não descobri se eu pensei em tudo o que pensava enquanto estava com ela. Totalmente assustador, diria. – “Como consegue ser tão estúpido? Vocês fazem tão mau um ao outro. Não consigo entender essa sina de vocês em ficarem mal juntos, sendo que ficam bem separados.” - Por um momento eu pensei ter sentido o que sentia em apenas te ver. Depois de tanto tempo... Talvez nunca tenha o perdido. Talvez ele só esteja escondido, ou eu até esteja conformada com a idéia de que você não será meu. Não importa. Gostaria apenas de descobrir o que foi aquilo. Aqueles pensamentos não pensados estão me atormentando até agora. – “Idiota, você poderia ser mais feliz comigo. Não vê?” – O que fazer sobre? Eis a questão. – “Pensamentos imbecis, sumam!” – Além deles, me atormenta o fato de eu ter me controlado para não olhar para trás quando te deixei com um riso de deboche. Isso me atormenta até mais que meus pensamentos. O fato de eu ainda me sentir presa a você a ponto de ter que me acalmar para não te procurar chorando é desconfortante. Como também é desconfortante saber que estava à espera daquela que te fez chorar em meu colo. Tão desconfortante como me sentir na obrigação de te proteger. – “Aproveite enquanto tem, víbora. Um dia o perderá de vez por não dar valor.” – Mas eu sei que tudo isso é irrelevante para você. Minha preocupação é desnecessária. Nada do que eu diga fará você mudar, ou ao menos pensar. – “Sempre escuta as erradas mesmo. E tudo isso por sexo...” – Quando perder-me de vez, talvez dê valor a mim. Como ela talvez dê a você. – “Otário!”


Ainda serei indiferente quanto a isso.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sofrimento, para quê te quero?

       Que todos vão sofrer é fato. Que todos vão se decepcionar com quem mais se ama e consigo é fato. Que todos vão chorar por perda, que vão pensar e repensar atitudes que tomaram é fato. Mas, para quê tudo isso? Talvez para nada. Talvez para tudo. Talvez ninguém saiba, ou até todos nós saibamos inconscientemente. Talvez seja para nos conhecermos melhor, conhecer nossos limites. Mas enfim... Sofrimento é algo complexo. Totalmente dispensável quando não há mais forças para agüentá-lo. Totalmente indispensável quando você não tem com o que senti-lo. Às vezes, você nem sabe se realmente é sofrimento que está sentindo. Só digo uma coisa, ele é necessário. Não sei se é um bem necessário, ou se é um mal necessário. É apenas necessário. Necessário para nos ensinar a lidar com o próprio. Mas ele é mais necessário na minha vida como um modo de eu saber quem sou e como estou. O sofrimento é necessário para eu saber se estou viva, se eu tenho todos os sentimentos, ainda, em mim. Há dias que nada me aborrece, mas eu sinto falta de sofrer. Houve dias que finalmente conversava com um amigo, mas eu precisava discutir com ele para me sentir bem, pois no final, eu sentiria todo o carinho que sinto por ele e ele por mim. Sofrimento é gostoso de sentir, quando ele é momentâneo. Sofrimento é um sentimento. Todos vamos sentir, e isso é fato.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A eternidade existe para quem ficou

Você se foi, mas sempre estará aqui. De alguma maneira você está sempre ao meu lado, me dando força e tentando me levar pro mau caminho. De alguma maneira você está sempre me pedindo para ligarmos a webcam para matarmos a saudade. De alguma maneira você ainda está criando músicas e melodias. De algum modo você ainda conquista todas as garotas. Sempre. Será que você se lembra das nossas conversas confusas, melosas, engraçadas ou uma mistura de tudo? Será que você se lembra das nossas discussões, que sempre nos faziam parar de nos falar durante alguns míseros dias? Se fosse possível, será que lembraria? Meu amor, você se lembra daquele maldito print que você tirou para me fazer chantagem? Diz que se lembra. Volta pra cá e diz que se lembra de tudo o que conversávamos. Volta e faz charme para eu voltar a te dar atenção. Volta e me pede um desejo de boa noite. Peça-me carinho, meu amor, do modo como me agrada. Só você sabia fazer isso... Fazia-me fazer tudo o que queria que eu fizesse mesmo com esse seu lado arrogante e insensível. E quando você era contraditório? Você adorava me deixar confusa, não é mesmo? Volta pra fazer isso sempre. Eu prometo que não vou ser mais aquela menina que só te atrasava e que fazia manha para fazer qualquer coisa. Prometo que serei o que precisar. Volta pra cá e me perdoa. Me perdoa por não te dar valor e por não te desculpar. Me perdoa por não falar essas coisas enquanto ainda estava aqui. Perdoa minha idiotice, meu amor. Sinto sua falta.

“Procuro não lembrar das coisas que me faz sofrer. Ainda, um dia vai acontecer de a gente se encontrar.”


A eternidade de quem se foi existe para quem ficou.

Obs.: Texto inspirado em meu amigo falecido, Rudmar Novack.

sábado, 23 de outubro de 2010

Considere isto

     Relato aqui, o que vivenciei hoje. Fui até um campo de futebol que tem na praia perto de casa com meu pai. Havia, mais ou menos, 30 homens. O mais novo de uns 18 anos e o mais velho de uns 60 anos. Cada jogo tem 15 minutos. Quando cheguei todos estavam com um bom humor. Brincadeiras e piadas rolando o tempo todo, esperando inquietamente os outros chegarem para começarem a jogar. Cada um que chegava, colocava o nome na lista e fazia uma brincadeira, cumprimentava todos com um aperto de mão ou um aceno de longe. Agradável. Após cinco minutos que eu e meu pai estávamos lá, começou o primeiro jogo. Bonito. Não houve brigas, faltas feias, perda de paciência, nem xingamentos. Houve apenas uma brincadeira. Não vi esse momento, mas ao sair meu pai me contou que um menino que estava lá deu um carrinho, e a sorte dele foi que pegou bem na bola, porque ele veio com velocidade. Ele contou a todos que isso aconteceu, mas que ele “deu um toque” ao menino, avisando que lá não havia isso, que até havia conseqüências e o menino entendeu e pediu desculpas. Ouvir isso foi estranhamente bom, já que é difícil achar um lugar aonde vão realmente só para brincar e um menino que joga há uns quatro meses apenas, aceitar numa boa esse toque. Mas havia apenas começado. Sai um time e entram os “esperas”. Como não fazia questão de ver esse jogo, peguei o PSP e comecei a jogar. Senti o clima esquentar um pouco, em relação ao jogo anterior. Houve um pouco mais de palavrões e um pouco mais de agressividade nas vozes e reclamações. Nada demais. Terceiro jogo. Paro de jogar e volto a minha atenção no jogo. Simplesmente ridículo. O jogo começou tenso e não acabou. Xingamentos, reclamações, palavrões tomaram conta e a conseqüência da falta de paciência foram empurrões e um chute forte para mandar a bola longe. O último lance foi meu pai tentando cobrar uma falta. Um jogador do time adversário não deu espaço e meu pai somente olhou para ele e ele deu de ombros, avisando que não sairia dali. Um jogador do time do meu pai chegou e o empurrou, e levou um empurrão depois. Nesse momento meu pai decide sair do jogo falando que não queria mais jogar, porque eles estavam ali para brincar, e não para ficar de palhaçada. Todos fizeram a mesma coisa. Ridículo. Impressionante como as pessoas perdem a paciência em um jogo. Mesmo ele não valendo nada. Incrível como existem muitas pessoas que não admitem perder, e que acabam perdendo muito mais do que um simples jogo com isso. Incrível como existem pessoas que se alteram com um passe errado, uma finalização que não resultou em gol. Mais incrível ainda eram as pessoas que estavam sentadas, esperando para entrar no próximo jogo, que se alteravam mais do que algumas que estavam jogando. Xingavam e criticavam negativamente quem estava jogando. Todos que estavam alterados pareciam ter a mesma idade. Doze. Começo da adolescência, onde tudo gira em torno de si e o pensamento é pequeno. Ganhar, ganhar e somente ganhar, não importando como. Considere esse relato como eu considerei. Será que eles percebem o que fazem? Desgastam-se à toa. Não há jogo, não há risos, não há bons momentos. Há estresse desnecessário. Há perda de tempo. Ao invés de jogar e se divertir, estavam xingando, discutindo discussões passadas, brigando e perdendo um momento que poderia ser apenas um momento de descontração. Ali poderia ser o lugar onde eles esquecem o estresse que a família e o trabalho lhes dão. Mas não. Em uma “pelada” tem que haver discussão. Isso me faz pensar... Será que discussão e jogo popular não se desconectam? Será que na cabeça de doze anos que eles têm durante um jogo, faz bem a eles uma discussão? Não faz sentido. Isso me intriga.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mundo Ilusório

O tudo não pensado


     Sabe aquelas coisas que você fala quando está apaixonada? “Quero para sempre”, “você é e sempre vai ser a minha vida”, “não sou nada sem você”, “você é meu ar, meu chão, minha terra, meu sorriso, minha vontade de viver”. Quanta mentira! Quanta mentira entre duas pessoas só, em um relacionamento, em um sentimento, apenas. No sentimento que dizem ser o mais bonito e puro. Mas tudo bem, tudo isso é aceitável, porque é muita emoção, não é? Mas a questão é, dizemos tudo isso, mentimos tanto, mas durante é verdade. Como assim? Tem tanto sentimento envolvido que nunca paramos para pensar nisso. “É verdade agora, que se foda o depois”. Ilusão. Você ilude. Você é iludido. E isso, durante todo o amor dividido. Aí o “para sempre” acaba. Espera aí, sempre não é sempre? Eu disse... Ilusão. Acaba o que era para sempre e começa o sofrimento. Mas para quê sofrer por algo que nunca existiu? Tá, o amor existiu. Mas o “para sempre” não. Você sofre pelo amor? Ou pela promessa não cumprida? Tanto faz. Você sofre pelo insensível. A outra não sente mais. E qual é o sentido de sofrer pelo insensível? Por que sofrer por algo que te fez bem? Tentarei me explicar. Você amou. A pessoa te amou. Vocês foram felizes juntos e falaram todas essas meias-verdades. O “para sempre” acabou. Você ficou mal. Mas mal pelo o que? Se o amor é tão bonito, tão puro e capaz de mudar alguém bruscamente como dizem, não seria irônico dizer que todo esse “bem” faz mal a alguém? Então você não sofre pelo amor? Você sofre pelas promessas não cumpridas. Volto a minha pergunta: E qual é o sentido de sofrer pelo insensível? Se o “para sempre” da outra pessoa acabou, o seu pode muito bem acabar. Para que sofrer pela ilusão criada por ambos os lados? Enfim, qual é o ponto mesmo? O problema é que limitamos erroneamente tudo. Na visão de uns: Amor é um sentimento fácil de sentir, sente-se por uma pessoa que conhece há uma semana e diz ser inevitável amá-la; em citações, amigos são todas as pessoas que conhece; colega não existe, é só mais uma palavra insignificante que há na língua; conhecido então, nem se fala; e “para sempre” é momentâneo. NÃO! O amor é um sentimento forte, que você sente por quem você conhece de verdade; amigo é quem você confia tudo, que te ajuda – não necessariamente sempre – quando precisa e confia em você. E confiança só se tem em quem conhece; colega é aquela pessoa que convive com você, que você pode ter carinho por ela, mas que não confia plenamente; conhecido é quem você sabe quem é, mas nunca conversou com ela direito e não tem carinho algum; e o “para sempre”, simplesmente abrange todo o tempo de vida, desde o momento em que falou, - por exemplo, um eu te amo para sempre – até a sua morte. Consegui te fazer me entender? Não é difícil. Simplesmente a ilusão surge através do significado não visto das palavras.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

I can't go on without you

Não. Não consigo. Não sem você. Dependo. De você. Não. Recuso-me a me imaginar sem você. Bloqueio-me. Não afasto meus pensamentos de você. Mantenho-me, inconscientemente, perto de você. Meu subconsciente. Ele não me traí. Eu quero. Continuo. Percebo. Não paro. Este é o único jeito de te ter aqui. Comigo. Nós dois. Juntos. Sonho? Talvez. Não importa. Gostaria de passar o tempo máximo com você, por mais que nos restem segundos. Serão segundos nossos. Apenas nossos. Perfeitos. Assim como você. Para mim. É você. Não ele. Nem ela. Muito menos ele. Você, ninguém mais. Apenas. Volta. Desejo-te aqui. Nunca mais vá. Preciso de você. Divide comigo. Divide comigo suas alegrias. Divide comigo suas tristezas. Divide comigo tudo o que você passa. Divide comigo tudo. Só divide. Irei dividir com você. Tudo. Meus choros, meus risos, minhas dores, minhas lutas, meus beijos, meu amor. Irei dividir o que quiser. Minha alma. Dividirei. Me dividi. Parte de mim esta em você. Estou simplesmente incompleta. Sem você. Qual o sentido, afinal? “Melhor pra NÓS”. Estamos separados. Não existe “nós”. E tudo o que nós passamos? Nós passamos. Juntos. Então existimos ainda. Mas estamos separados. Então conseguimos existir separados? É possível? Ou ainda existimos juntos? Incerto. A nossa história nos mantém juntos, mas nós mesmos nos matemos separados. É isso? Ilógico. Quanta incerteza longe de você. Certeza apenas da saudade, da solidão, da carência, da tristeza. Da falta de vontade de viver bem. Viver bem. Sinônimo é viver com você. Viver. Por você. Pra você. Esperar-te. Eu vou te esperar. Sem tempo limite. Enquanto estiver com outra, estarei te esperando. Com alguém ou sem. Estarei te esperando. Com o errado. Esperar-te-ei. Pensando em você. Ficarei. Aqui. Nesta angústia de saber se você realmente voltará. Nesta mistura de tristeza e solidão. Com angústia de saber onde esta a minha felicidade e não poder alcançá-la. Não posso tocar e nem olhar fundo nos olhos. Você. Longe. E eu, sem você. Nós. Separados. Inimaginável, corrosivo. Final? Não. Nossa história não terminará assim, pelo avesso, sem um final feliz. Volta. Desejo-te aqui. Desejo-te.


“Is it broken? Can we work it out?
(…) Tell me you’ll be mine!”

DON’T WALK AWAY. STAY HERE. WITH ME. FOREVER.