sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Entre linhas

Reparei em meus pensamentos. Todos confusos sobre tudo. Deparei-me com tal situação que me deixou atordoada. Não sabia o que pensar, muito menos se eu pensaria sobre. O atordoamento foi tanto que não conseguia nem saber se eu realmente estava pensando. Até agora não descobri se eu re-lembrei todo aquele sentimento que fora perdido. Não descobri se eu pensei em tudo o que pensava enquanto estava com ela. Totalmente assustador, diria. – “Como consegue ser tão estúpido? Vocês fazem tão mau um ao outro. Não consigo entender essa sina de vocês em ficarem mal juntos, sendo que ficam bem separados.” - Por um momento eu pensei ter sentido o que sentia em apenas te ver. Depois de tanto tempo... Talvez nunca tenha o perdido. Talvez ele só esteja escondido, ou eu até esteja conformada com a idéia de que você não será meu. Não importa. Gostaria apenas de descobrir o que foi aquilo. Aqueles pensamentos não pensados estão me atormentando até agora. – “Idiota, você poderia ser mais feliz comigo. Não vê?” – O que fazer sobre? Eis a questão. – “Pensamentos imbecis, sumam!” – Além deles, me atormenta o fato de eu ter me controlado para não olhar para trás quando te deixei com um riso de deboche. Isso me atormenta até mais que meus pensamentos. O fato de eu ainda me sentir presa a você a ponto de ter que me acalmar para não te procurar chorando é desconfortante. Como também é desconfortante saber que estava à espera daquela que te fez chorar em meu colo. Tão desconfortante como me sentir na obrigação de te proteger. – “Aproveite enquanto tem, víbora. Um dia o perderá de vez por não dar valor.” – Mas eu sei que tudo isso é irrelevante para você. Minha preocupação é desnecessária. Nada do que eu diga fará você mudar, ou ao menos pensar. – “Sempre escuta as erradas mesmo. E tudo isso por sexo...” – Quando perder-me de vez, talvez dê valor a mim. Como ela talvez dê a você. – “Otário!”


Ainda serei indiferente quanto a isso.

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